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Marcas Próprias Ganham Estatuto nos EUA e Crescem Mais do que as Tradicionais

Estudo revela que 49% dos consumidores americanos estão a comprar mais produtos de marca própria do que nunca

O relatório “Finding Harmony on the Shelf – 2025 US Outlook on Private Label & Branded Products”, publicado pela NIQ, analisa a evolução do mercado de marcas próprias (private label) e marcas tradicionais (branded) nos Estados Unidos, destacando tendências de consumo, oportunidades de actuação e desafios estratégicos para retalhistas e fabricantes.

De acordo com os dados, 49% dos consumidores norte-americanos afirmam estar a adquirir mais produtos de marca própria do que anteriormente. Estas marcas representam actualmente 15,6% da quota de vendas no país e apresentam um crescimento anual de 4,1%. A percepção de qualidade também se tem alterado: 72% dos inquiridos consideram as marcas próprias boas alternativas, 75% valorizam o custo-benefício e 59% indicam que comprariam mais se existisse maior variedade.

As marcas tradicionais mantêm presença relevante, embora com taxas de crescimento inferiores: as dez principais marcas registam um aumento médio de 1,7%. As razões funcionais – como preço e conveniência – continuam a ser o principal critério de escolha para 77% dos consumidores, enquanto factores emocionais (59%) e de identificação pessoal (53%) também têm peso na decisão.

O estudo sugere que o comportamento do consumidor está a tornar-se mais orientado pelas necessidades do momento do que pela fidelidade à marca. Cerca de 54% dos consumidores referem que a marca em si é irrelevante na hora da compra, e 60% indicam que estão a experimentar mais marcas em diferentes categorias.

Face a este cenário, o relatório propõe que marcas e retalhistas considerem estratégias complementares. Por exemplo, o chamado efeito halo, em que marcas de grande notoriedade aumentam a confiança nas marcas próprias, e o price anchoring, em que marcas premium servem de referência para a percepção de valor das marcas próprias.

Apesar das oportunidades de colaboração, persistem desafios. Os fabricantes de marcas tradicionais enfrentam pressão sobre os preços, perda de espaço nas prateleiras e uma percepção crescente de equivalência na qualidade. Por outro lado, os retalhistas ainda reconhecem a força da lealdade a marcas tradicionais, particularmente entre públicos mais jovens.

O relatório conclui com recomendações práticas para ambos os lados:

  • Retalhistas: apresentar as marcas próprias como alternativas viáveis, promover campanhas conjuntas e usá-las como ferramenta de atracção de tráfego.
  • Fabricantes: manter a diferenciação emocional, apostar em inovação rápida e garantir presença omnicanal.
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