Perspectiva Das Renováveis Em África: Futuro Energético De Angola
Angola, apesar de ser rica em petróleo, enfrenta desafios energéticos significativos
O recente relatório da Deloitte, “Africa’s energy outlook: Renewables as the pathway to energy prosperity”, aborda a situação energética em África e em particular o caso de Angola.
A infraestrutura energética em muitos países africanos é insuficiente ou obsoleta. Uma combinação de baixo fornecimento de energia e altos custos de electricidade prevalece. E, de acordo com o relatório, 600 milhões de pessoas na África Subsariana não têm acesso à electricidade.
Angola, apesar de ser rica em petróleo, enfrenta desafios energéticos significativos. A sua infraestrutura energética é limitada e necessita de renovação. No entanto, o país está a reinvestir as receitas dos combustíveis fósseis na transição para as renováveis, focando-se em energia hídrica, solar e eólica.
Angola tem planos ambiciosos de alcançar uma electrificação de 60% até 2025 e de 100% até 2030, com ênfase na electrificação rural. A meta de Angola é ter 5 GW de capacidade instalada de energia renovável até 2025.
Além de Angola, outras nações em África estão a criar estratégias para potenciar o poder das renováveis:
- Moçambique está a esforçar-se para ultrapassar a pobreza energética, com planos para dobrar a sua capacidade de geração até 2030.
- Nigéria foca-se em renováveis e soluções fora da rede, com uma meta de 30% de energia renovável até 2030.
- Costa do Marfim está a promover investimentos em infraestrutura e renováveis, visando 42% de energia renovável até 2030.
- África do Sul, apesar da sua crise energética, almeja adicionar 11,8 GW de capacidade renovável até 2030.
- Marrocos está determinado a diminuir a dependência das importações de combustíveis fósseis, com um objetivo de 52% de energia renovável até 2030.
Para acelerar a transição energética, a Deloitte sugere um maior investimento em renováveis, focando em soluções off-grid e mini-grid, a melhoria do ambiente regulatório para atrair investimento privado no sector energético, o reforço da infraestrutura energética, o desenvolvimento de capacidades locais em tecnologias de energia renovável, a promoção da cooperação regional e a priorização da eficiência energética, alinhando as políticas energéticas com os objectivos de desenvolvimento sustentável.
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