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Instagram: esconder os “likes” vai melhorar o conteúdo?

O Instagram está a levar a cabo uma experiência que consiste na ocultação da funcionalidade que permite aos utilizadores verem o número de “gostos” nas publicações de outras pessoas.

A app detida pelo Facebook começou os testes em Maio deste ano, no Canadá, e em Julho, a empresa utilizou a conta no Twitter para anunciar o alargamento da experiência a mais 6 países, entre os quais está o Brasil.

Trata-se de uma mudança simples, mas que tem vindo a gerar alguma controvérsia. E funciona da seguinte forma: quando você publica a sua habitual foto a fazer exercício no ginásio, vai continuar a conseguir ver quantos amigos fizeram “like” na sua publicação. Já quando aquela colega do trabalho publicar as fotos das férias em Barcelona, você não terá como ver o número de “gostos” na publicação dela.

O Instagram afirma que o objectivo é tornar a plataforma mais expressiva e menos focada na performance, ou seja, ao invés dos utilizadores serem atraídos pelas publicações com base apenas na aparente popularidade, a empresa acredita que as mudanças vão incentivar os utilizadores a apreciarem, ou não, o conteúdo. Na teoria, a ocultação dos “likes” permitirá que as publicações sejam mais autênticas e não apenas um “show off” para as multidões.

A ideia, segundo os responsáveis da empresa, é também transformar a aplicação numa ferramenta mais favorável para criadores, e presumivelmente para todos os utilizadores, para quem a plataforma poderá tornar-se um espaço mais artístico e menos competitivo.

Alguns críticos, no entanto, afirmam que as razões para a mudança têm mais a ver com motivos financeiros do que propriamente com o querer tornar a plataforma num lugar mais genuíno para os criadores de conteúdo. É que a acompanhar o rápido crescimento de utilizadores do Instagram (a app tem actualmente mais de mil milhões de utilizadores activos por mês), está também a crescer o número de macro, micro e até nano influenciadores, que geram bastante rendimento dentro da plataforma, através de recomendações de marcas e de produtos ou serviços, mas sem que a empresa tenha qualquer ganho financeiro com isso. E como um dos principais activos dos influenciadores digitais é o número de “likes” que é conseguido em cada publicação, adivinha-se uma mudança significativa no modelo de negócio destes “profissionais”.

Para já, não há sinais de quando esta medida poderá ser estendida aos EUA ou até mesmo a outros países, mas valerá certamente a pena acompanhar a evolução deste tema.

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