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Digital News Report 2023: Tendências E Desafios No Consumo De Notícias

O relatório “Digital News Report 2023” do Reuters Institute revela o impacto significativo da pandemia da COVID-19 no consumo de notícias em todo o mundo.

A necessidade de informações confiáveis sobre a pandemia resultou num aumento geral da procura por notícias. No entanto, o relatório também aponta para questões preocupantes, como a diminuição da confiança nas redes sociais como fonte de notícias em muitos países.

A confiança nas notícias em geral permanece baixa, com a desinformação e a polarização política sendo as principais preocupações citadas pelos entrevistados. Além disso, a falta de diversidade e inclusão na comunicação social é um problema persistente, com muitos entrevistados a sentirem-se sub-representados ou mal representados.

O relatório destaca que a publicidade ainda é a principal fonte de receita para muitas organizações de notícias, mas a diversificação de receitas é cada vez mais importante para a sustentabilidade a longo prazo.

Outra tendência importante observada é a crescente influência da inteligência artificial e algoritmos na produção e distribuição de notícias. No entanto, a transparência e a responsabilidade nessas áreas são fontes de preocupação.

O relatório destaca também tendências específicas em diferentes países. Um movimento em direção a ambientes mais digitais, móveis e dominados por plataformas está em curso, afetando modelos de negócios e formatos de jornalismo. Grupos mais jovens preferem aceder a notícias através das redes sociais, pesquisa ou agregadores móveis, levando a uma diminuição no uso de sites ou aplicativos de notícias.

Em relação aos países africanos analisados, o Quénia destaca-se pelo alto uso de redes sociais para notícias, especialmente o WhatsApp. Na Nigéria, o uso de smartphones para aceder a notícias é notavelmente alto, enquanto a África do Sul apresenta níveis elevados de confiança nas notícias.

No que diz respeito às plataformas de notícias mais populares, as redes sociais, sites de notícias, aplicativos de notícias, televisão e rádio desempenham papéis importantes. No entanto, a preferência por plataformas específicas varia de acordo com a idade, género e outros factores demográficos.

A desinformação e a informação incorreta continuam a ser problemas significativos em muitos países. Redes sociais são frequentemente citadas como fontes importantes de desinformação. Verificação de factos e educação em meios de comunicação são vistas como soluções importantes para combater esse problema.

O relatório conclui enfatizando que as atitudes em relação aos algoritmos têm um impacto significativo no consumo de notícias. A satisfação com os algoritmos de selecção de notícias diminuiu em muitos países, especialmente entre os entrevistados mais jovens, que vêem a criação de bolhas de filtro como uma preocupação. É essencial que empresas de comunicação social e plataformas de tecnologia trabalhem para garantir a transparência e a precisão dos algoritmos, promovendo a confiança nos meios e combatendo a desinformação.

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