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O cuidado e atenção que a DeltaCorp dedica aos seus animais são talvez melhor representados na jornada meticulosa que cada animal faz desde o momento do seu nascimento ou chegada à fazenda até se tornarem o produto final, prontos para serem saboreados por consumidores em todo o país. O percurso é longo e exige um olhar atento a detalhes que muitos podem considerar insignificantes, mas que para Délcio Alberto, Director Geral da empresa, são cruciais para garantir a qualidade que a DeltaCorp promete.
A primeira fase do ciclo de criação é a de “cria e recria”, realizada em pasto aberto na fazenda da DeltaCorp, situada no Cuanza Sul. Durante esta etapa, os animais, sejam eles recém-nascidos na fazenda ou recebidos de outras, são cuidados até atingirem um peso entre 300 a 350 kg. A fase de engorda, realizada em confinamento, começa a partir deste ponto.
“Percebemos que havia necessidade de acelerar o processo de engorda dos animais”, explica Délcio. “Inicialmente, os animais eram engordados num sistema de pasto aberto, mas entendemos que precisávamos melhorar o acabamento de carcaça do animal para tornar o produto mais rentável”. Foi neste ponto que a empresa começou a olhar para o seu processo de uma forma muito analítica, estudando todos os custos envolvidos e pesquisando as melhores formas de optimizar a produção.
Procuraram animais com genética superior, com o objetivo de obter um melhor acabamento de carcaça. Também começaram a trabalhar numa maneira de engordar os animais de forma mais económica e eficiente. A fase de confinamento foi aprimorada, garantindo que os animais ganhassem uma gordura mais saudável. Este processo, que varia entre 90 a 120 dias, permite aos animais crescer até um peso de 450 a 550 kg.
Mas a DeltaCorp não se limitou a apenas aperfeiçoar a fase de engorda. A empresa passou a valorizar a rastreabilidade dos animais, criando um sistema para documentar meticulosamente cada fase da vida dos animais. “Havia um tabu a desconstruir, em relação à origem da carne angolana”, diz Délcio. “Queríamos dizer ao consumidor o quanto tempo um lote específico de animais viveu, como foram alimentados, identificar os progenitores e as raças, e quando os animais chegaram à fazenda ou quando nasceram nela.”
Este sistema de rastreabilidade permite que a empresa tenha um controlo preciso sobre a saúde dos animais, o que comem, as vacinas que recebem, as doenças que podem ter tido e o quanto ganharam de peso tanto no pasto aberto quanto no confinamento. Essas informações são cruciais para avaliar a rentabilidade de cada lote de animais.
Mas a DeltaCorp não se esquece do bem-estar dos animais. A empresa montou um sistema de confinamento anti-stress para minimizar ao máximo o stress dos animais. “É muito importante que os animais sejam cuidados sem recurso à violência”, diz Délcio. Antes do abate, os animais são removidos 24 horas antes para serem higienizados e tomarem um banho leve, que também ajuda a reduzir o stress.
A jornada do animal na DeltaCorp é, portanto, um reflexo do compromisso da empresa com a qualidade, transparência e cuidado. Cada etapa é considerada com uma perspectiva a longo prazo – de criar um produto que não apenas seja rentável, mas que também seja respeitador do bem-estar animal e cumpra a promessa de fornecer aos consumidores uma carne de excelente qualidade.
Este texto faz parte de uma série de 5 artigos intitulada "Da Fazenda para o Talho: A saborosa jornada d’O Corte. - Explorando o Ciclo Completo do Negócio", que contam a jornada da DeltaCorp e da marca de talho O Corte. Em artigos anteriores e seguintes, aprofundamos as raízes e inspiração para a criação do negócio, a logística e transformação, a arte do atendimento e a experiência do consumidor. Acompanhe-nos nesta saborosa jornada, do campo até à sua mesa.
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