Gostaria de falar-vos de um livro, uma oferta marcante de 2023. “Vender é Humano” de Daniel Pink, escritor americano especialista em comportamento humano e motivação. Os livros, esses sim, não deviam ter começo nem fim.
(Estava eu na minha rotina diária, e para quem me lê de um país que não seja Angola e de uma capital que não seja Luanda, a rotina matinal é imperdoável para quem acorda 2 minutos mais tarde). Pode parecer estranho para quem lê esta crónica, mas tenho olhado com outros olhos às filas dos bancos. Nelas tenho encontrado espaço para ler. Algo difícil hoje em dia. O tempo. É sempre ele. Nem imaginam a quantidade de pessoas que acabei por conhecer no banco.
Não vou massacrar-vos com previsões e expectativas de um ano futuro. 2023 foi um ano Inexplicável. Esta é a única frase que me vem à cabeça. Nem a oscilação da moeda e crise económica que estavam na boca, no estômago e no bolso de todos os cidadãos do mundo, superaram os acontecimentos destes 12 meses. O homem não aprende, pois não? Este ser tão extraordinário e complexo. O homem continua bélico, não se cansa de Guerras e proclamações tardias da Paz. Um ano em análise.
Voltando ao livro, de Daniel Pink, somos ou não todos vendedores? Existe curso eficaz para formação na área? De verdade? “A arte da venda está presente em muitos aspectos da vida quotidiana” é uma das frases que guardo. Se vendemos para pessoas, faz todo sentido. Se não for através de relacionamentos genuínos e comprometidos de troca, para que servem as relações de compra e venda? Humanizar em tempos de crise, pode ser um desafio que não é para todos.
Falar de vendas humanizadas não deve ser a crónica ideal para o final do ano. Mas é. Basta irmos ao shopping mais próximo, comprarmos um presente para quem amamos. Porque Candandos apertados nesta fase todos merecemos! Todos precisamos! Sim! Que venha 2024!
Sabem, tenho adiado esta crónica há duas semana. Tal como tenho adiado o livro, plantar uma árvore num quintal perto da aldeia onde cresci, e enfim…acredito que os outros itens da lista foram minimamente salvaguardados pela própria dinâmica da vida. São poucas coisas que terminam e não são o fim, que começam e nos permitem começar (passo a redundância) todos anos do zero: Um novo ano! Uma nova vida! São as vozes de Janeiro a Janeiro.
O que teremos desta vez na lista interminável? Seja o que for, temos mais uma vez a oportunidade de fazer diferente. Boas entradas e Feliz Ano para todos com mais conexão e empatia! Sim! Que venha 2024!
Indira dos Santos é CEO da empresa DUZAHH, Marketeer, Artista plástica, Comunicóloga e Escritora angolana. É licenciada em Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa. Frequentou o curso de Design no Iade Creative University em Lisboa, criadora do projecto Marketing Comunica, com experiência de mais de 7 anos nas áreas de Marketing, Comunicação e Comercial.
