Heetch: Democratizar a Mobilidade em Angola
Uma conversa com Álvaro de Veciana no podcast "Marcas de A a Z"
“Revolucionar a mobilidade e democratizar o acesso ao transporte em Angola” – foi com esta visão que a Heetch, uma marca francesa de mobilidade, entrou no mercado angolano, como revelado no último episódio do podcast “Marcas de A a Z”. Dalmo Silva conversou com Álvaro de Veciana sobre a trajetória e o impacto da Heetch desde o seu lançamento em Luanda até à expansão para outras cidades angolanas.
A Heetch, que celebrou o seu décimo aniversário em 2023, começou como um serviço noturno para jovens em Paris. A expansão para o continente africano começou em 2018, com a abertura de mercado em Marrocos, seguida por um investimento significativo para financiar a expansão. Apesar do foco inicial nos mercados francófonos, a empresa encontrou um parceiro local com experiência em mobilidade e lançou-se em Angola em 2020. A entrada no mercado angolano marcou um passo importante na estratégia de crescimento da empresa.
Adaptar-se às particularidades do mercado angolano foi crucial para o sucesso da Heetch. Isso incluiu a tradução do aplicativo, adaptações nos métodos de pagamento e a necessidade de cadastramento físico dos motoristas. Para facilitar este processo, a empresa estabeleceu “Heetch Cafés”, locais dedicados ao cadastramento e formação dos motoristas.
A Heetch está presente não apenas em Luanda, mas também em cidades como Benguela, Lubango e Huambo. A empresa enfrenta desafios como o trânsito intenso e a falta de conhecimento sobre aplicativos de mobilidade em algumas áreas. No entanto, a independência dos motoristas, que pagam uma comissão à empresa por cada corrida intermediada pela plataforma, e o compromisso com a segurança são pontos fortes da Heetch.
A estratégia de comunicação da empresa combina marketing digital e tradicional, visando alcançar tanto motoristas quanto passageiros. Álvaro destacou a importância da adaptação ao contexto local e da escuta activa das necessidades dos utilizadores para melhorar o serviço.
O episódio também abordou os desafios e oportunidades para profissionais de marketing e comunicação em Angola, com enfâse na necessidade de formação em áreas digitais e a contribuição de plataformas como “Marcas em acção” para o desenvolvimento do sector.