GARM Encerra Actividades Após Acção Judicial da Plataforma X

A Global Alliance for Responsible Media (GARM), uma iniciativa sem fins lucrativos da World Federation of Advertisers (WFA), anunciou o encerramento das suas actividades. Esta decisão surge na sequência de uma acção judicial movida pela plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter) contra a GARM, acusando-a de liderar um boicote ilegal.

A GARM, criada em 2019 após os ataques terroristas em Christchurch, Nova Zelândia, tinha como objectivo melhorar a segurança digital e evitar que anúncios aparecessem junto a conteúdos nocivos ou ilegais. A organização afirma que, desde a sua fundação, conseguiu reduzir a percentagem de anúncios associados a conteúdos problemáticos de 6,1% em 2020 para 1,7% em 2023.

No entanto, um relatório recente do Comité Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA, intitulado “GARM’s Harm”, alegou que a GARM e os seus membros organizaram directamente boicotes e utilizaram outras tácticas indirectas para atingir plataformas, criadores de conteúdo e organizações noticiosas desfavorecidas.

Em resposta, Linda Yaccarino, CEO da X, publicou uma carta aberta na plataforma, afirmando que o comportamento da GARM “é uma mancha numa grande indústria e não pode continuar”. A X alega que as acções ilegais destas organizações e dos seus executivos custaram à empresa milhares de milhões de dólares.

A acção judicial da X visa não só a GARM e a WFA, mas também alguns dos seus membros, incluindo CVS Health, Mars, Orsted e Unilever. Yaccarino enfatiza que esta decisão não foi tomada de ânimo leve, mas é uma consequência directa das acções destas entidades.

A WFA, por seu lado, afirma que as recentes alegações deturpam o propósito e as actividades da GARM, causando uma distracção significativa e esgotando os seus recursos e finanças. Consequentemente, a WFA tomou a difícil decisão de descontinuar as actividades da GARM.

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