Retalhistas Chineses Apostam Forte na IA Generativa Para Impulsionar Desempenho
O investimento em inteligência artificial generativa visa aumentar vendas e reduzir custos, com resultados promissores em produtividade e atendimento ao cliente
Os principais retalhistas chineses estão a investir significativamente em inteligência artificial generativa para aumentar as vendas, revela um novo relatório da Bain & Company.
Desde 2023, gigantes como a Alibaba e a JD.com têm investido intensamente em IA, com 40% e 50% das suas aquisições, respectivamente, focadas nesta tecnologia. Este movimento ocorre num contexto de desaceleração do retalho, onde se espera que a IA generativa ganhe maior protagonismo.
Um inquérito da Bain & Company a mais de 500 comerciantes que operam nas principais plataformas de comércio electrónico chinesas revelou que 52% já utilizam pelo menos uma ferramenta baseada em IA generativa. Ligeiramente mais de metade utiliza chatbots de atendimento ao cliente alimentados por IA, e cerca de um terço usa IA para gerar conteúdo.
Os resultados são prometedores: 56% dos comerciantes inquiridos afirmam que as ferramentas de IA tiveram um elevado impacto positivo na melhoria da produtividade, enquanto 39% reportaram um forte impacto positivo na redução dos custos operacionais. A JD.com, por exemplo, lançou em Março um conjunto avançado de soluções alimentadas por IA, concebidas para reduzir os custos operacionais dos comerciantes em até 50%. Estas soluções incluem um assistente para acelerar o lançamento de lojas online e um gerador de avatares realistas para permitir transmissões ao vivo interactivas 24 horas por dia.
Do lado dos consumidores, a adopção da IA está a crescer gradualmente. Um inquérito da Bain & Company a mais de 3.000 consumidores chineses revelou que apenas 12% utilizaram ferramentas de retalho baseadas em IA nos últimos seis meses, com uma penetração de 23% entre os consumidores da Geração Z no mesmo período. Em todas as faixas etárias, os compradores chineses são mais propensos a utilizar IA generativa em áreas como pesquisa visual, chatbots de atendimento ao cliente e pesquisa e compras por voz.
O relatório sugere que os retalhistas que dominarem a IA generativa em três áreas-chave – aprofundamento do envolvimento com o cliente, aumento da produtividade e redução de custos, e descoberta de novo crescimento além do comércio tradicional – poderão construir uma vantagem estratégica duradoura.