TikTok Encerra Operações nos EUA Antes da Lei de Proibição Entrar em Vigor
A plataforma encerrou voluntariamente um dia antes da lei que o proibiria, num gesto de desafio às autoridades americanas
O TikTok suspendeu as suas operações nos Estados Unidos da América no sábado, 18 de Janeiro, antecipando-se à entrada em vigor da lei que proibiria a aplicação no território norte-americano.
A decisão da ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, surgiu após declarações da Casa Branca e do Departamento de Justiça que, segundo a empresa, não forneceram “a clareza e garantias necessárias aos prestadores de serviços essenciais para manter a disponibilidade do TikTok para mais de 170 milhões de americanos”.
A Casa Branca, através da Secretária de Imprensa Karine Jean-Pierre, reafirmou a posição do Presidente Biden: o TikTok deveria permanecer disponível para os americanos, mas sob propriedade americana ou outra que respondesse às preocupações de segurança nacional identificadas pelo Congresso.
Num desenvolvimento recente, Donald Trump, que toma posse amanhã como 47.º Presidente dos Estados Unidos, indicou à NBC News que “muito provavelmente” será concedida uma extensão de 90 dias à proibição, abrindo uma nova perspectiva para o futuro da plataforma no país.
Curiosamente, enquanto se esperava uma migração dos utilizadores americanos para aplicações da Meta, como o Instagram, tem-se verificado um crescimento surpreendente noutra aplicação chinesa – o RedNote (Xiaohongshu). O fenómeno tem sido tão significativo que os utilizadores chineses da plataforma começaram a publicar conteúdos em inglês para acomodar o novo público americano.
Esta situação representa não só um momento crucial para o futuro das redes sociais nos Estados Unidos, como também levanta questões sobre o impacto das tensões geopolíticas no panorama digital global.
A redacção do Marcas em acção continuará a acompanhar os desenvolvimentos desta situação.
