Marcas Mais valiosas do Mundo em 2024
A Interbrand destaca a necessidade de as empresas tratarem as suas marcas como motores de crescimento e não apenas como centros de custo
A Interbrand, consultora líder em avaliação de marcas, acaba de divulgar a 25.ª edição do seu estudo “Best Global Brands“, que analisa as 100 marcas mais valiosas a nível global. O relatório deste ano revela um cenário dominado por empresas tecnológicas, com algumas marcas do sector automóvel também a marcar presença no topo da tabela.
De acordo com o estudo, o valor cumulativo das marcas mais valiosas do mundo cresceu de 988 mil milhões de dólares em 2000 para 3,265 biliões de dólares em 2024. Este crescimento significativo reflecte as profundas mudanças no panorama empresarial e tecnológico nas últimas duas décadas e meia.
O top 10 das marcas mais valiosas é liderado pela Apple, avaliada em 488,9 mil milhões de dólares, seguida pela Microsoft (352,5 mil milhões) e Amazon (298,1 mil milhões). A Google ocupa o quarto lugar, com um valor de 291,3 mil milhões de dólares. A Samsung completa o top 5, sendo a primeira marca não americana da lista, com um valor de 100,8 mil milhões de dólares.
O sector automóvel também se destaca no top 10, com a Toyota em sexto lugar (72,8 mil milhões), a Mercedes-Benz em oitavo (58,9 mil milhões) e a BMW em décimo (52 mil milhões). A Coca-Cola e a McDonald’s, ícones do consumo global, ocupam o sétimo e o nono lugares, respectivamente.
O relatório da Interbrand sublinha uma mudança fundamental na gestão de marcas. As empresas mais bem-sucedidas já não encaram a marca apenas como um centro de custos, mas sim como um gerador de receitas. Estas marcas criam relações profundas e significativas com os clientes, fomentando a lealdade e a advocacia.
A consultora destaca também o conceito de “Estratégia de Arena”, onde as empresas competem em espaços que atendem a necessidades fundamentais dos consumidores, como conexão, entretenimento ou saúde, em vez de se limitarem a categorias de produtos específicas.
Contudo, o estudo alerta para um “imposto de eficiência” de 200 mil milhões de dólares. Muitas empresas, ao focarem-se excessivamente na eficiência operacional e nos retornos a curto prazo, podem estar a perder oportunidades de crescimento a longo prazo.
A revolução tecnológica, especialmente com o surgimento da inteligência artificial, está a acelerar as mudanças no marketing. O relatório enfatiza a necessidade de utilizar a marca como motor de crescimento, equilibrando o investimento para evitar a perda de valor a longo prazo.
O foco na criação de valor a longo prazo, aliado à capacidade de adaptação contínua, será essencial para as marcas que procuram liderar e permanecer relevantes nas próximas décadas.