Angola: Brandstorming da Superbrands analisa desafios das marcas em tempo de COVID
O primeiro “Brandstorming” da Superbrands Angola da edição de 2020 incidiu sobre o tema que marca a actualidade, juntando profissionais de diversas áreas de negócio em Angola, para analisar de que forma as marcas estão a reagir à nova realidade e como é encarado o futuro, tendo em conta as decisões e ajustes que rapidamente tiveram que ser feitos às suas operações, planos e objectivos para que os seus negócios pudessem continuar.
“Fica claro que existe da parte dos profissionais a consciência que estas são fases que provocam grandes mudanças. E isso não é apenas negativo. Fica também claro que, nestes momentos, as marcas não se podem “calar”, sob pena de perderem a voz, o que lhes irá custar muito mais na fase de normalização do mercado. Saber passar a mensagem correcta e colocar um maior foco no seu papel social é crucial para reter a confiança dos consumidores”, é como Pedro Diogo Vaz, Senior Partner da Superbrands Angola, resume as ideias que saíram do debate.
No debate participaram as marcas Luandina, Maffy (Noboru Brands), Movicel, Sistec e a Espaços Angola, representando sectores diferentes, mas com visões alinhadas nomeadamente quanto à necessidade de comunicar com responsabilidade. “É necessário apostar forte na comunicação com os consumidores, que numa fase de isolamento, passam mais tempo em casa e por isso mais tempo em frente aos ecrãs. Esta comunicação vai muito mais além do que a mera gestão de conteúdos. A mensagem deve ser de responsabilidade, que por sua vez gera goodwill do consumidor, o que se traduz numa conexão com a marca”, afirma Raquel Capitão, Directora de Marketing da Luandina.
Para Manuel Pinto Andrade, CEO da Noboru Brands, “as marcas deverão neste momento, mostrar a sua identidade e proposta de valor, que vai muito além do preço e do packaging. O exercício será o de tentar antecipar a necessidade dos consumidores, garantindo um papel de conforto e de responsabilidade”.
Apesar de esta ser uma altura de desafios, existem também oportunidades que deverão ser tidas em conta, para alguns sectores, nomeadamente Telecomunicações, IT e Electrónica de Consumo. Dalmo Silva, Director de Marketing da Movicel, realça que “apesar de em Angola, os canais electrónicos ainda não se encontrarem massificados, existe um crescimento desses canais”. A Sistec vê também nesta fase, “uma oportunidade de a marca fazer uma migração para o online, consolidando a forte presença da Sistec”.
Para a fase seguinte, são muitas as expectativas nomeadamente para o sector da comunicação. Segundo Francisco Quintino, Director Geral da Espaços, “as marcas terão de comunicar de forma massiva, de forma a conquistarem território e reposicionarem-se. Uma vez que durante algum tempo estiveram impedidas de comunicar nas ruas”. N’Dalo Rocha, Director de Marketing da Sistec, partilha também da mesma visão, acrescentando que numa fase pós-pandemia “as marcas irão querer ter um outro tipo de comunicação que não seja tão institucional, que tira o foco e o impacto à activação e negócio das próprias Marcas”.
Resiliência, maior foco na sua Responsabilidade Social e capacidade de reinvenção, são características que se vão afirmar nas marcas relevantes durante os desafios suscitados pela pandemia.