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Oportunidade Para Marcas De Serviços Financeiros Móveis Em Angola

O sector dos serviços financeiros móveis em Angola está em pleno crescimento, com várias marcas a competir no mercado.

Entre as líderes estão as empresas de telecomunicações Unitel (Unitel Money) e a recém chegada ao mercado, Africell Angola (Afrimoney), bem como os bancos BAI (E-Kwanza), Millennium Atlântico (*400# Agiliza) e BNI (Guita). Além disso, startups como a PayPay e o AKI estão a ganhar espaço.

De acordo com o Relatório FinScope Angola 2022, apenas 36% dos adultos angolanos são bancarizados. A dependência de micro e pequenas empresas para a subsistência atinge 40% dos adultos, enquanto 68% utilizam serviços financeiros informais, como empréstimos de familiares e amigos. Apenas 6% dos adultos adoptam serviços financeiros digitais, como pagamentos móveis.

Panorama da Utilização de Produtos Financeiros em Angola

O relatório revela que somente 24% dos adultos angolanos poupam ou investem em algum produto financeiro, sendo que 16% optam por investir nos seus próprios negócios. A taxa de exclusão financeira em Angola em 2022 atingiu 53%, a mais alta entre os países da SADC. A inclusão financeira formal alcançou 40%, principalmente impulsionada pelos produtos bancários. A população bancarizada é de 36%, enquanto 27% utilizam outros produtos e serviços financeiros formais (não bancários). Apenas 6% dos adultos utilizam pagamentos móveis, enquanto 20% recorrem a serviços financeiros informais.

Recomendações para o Sector Privado

O relatório também traz importantes recomendações para o sector privado a fim de melhorar a inclusão financeira em Angola. São elas:

  • Desenvolver produtos financeiros inovadores e acessíveis para atender às necessidades específicas dos clientes, especialmente pequenas empresas e pessoas de baixa renda.
  • Expandir a oferta de serviços financeiros digitais, como pagamentos móveis e serviços bancários online, para aumentar a acessibilidade e a conveniência dos serviços financeiros.
  • Fortalecer as instituições financeiras não bancárias, como sociedades de microcrédito, para ampliar o acesso a serviços financeiros em áreas rurais e sub-atendidas.
  • Promover a educação financeira e a literacia financeira, auxiliando os clientes a tomar decisões financeiras informadas e responsáveis.
  • Estabelecer parcerias público-privadas para apoiar a inclusão financeira, unindo instituições financeiras e empresas de tecnologia financeira.

Com base nos dados e nas recomendações do Relatório FinScope Angola 2022, fica evidente a oportunidade para as marcas de serviços financeiros móveis em Angola. O baixo índice de inclusão financeira formal e a alta dependência de serviços financeiros informais abrem espaço para inovação e desenvolvimento de soluções acessíveis e convenientes.

A expansão dos serviços financeiros digitais, aliada a parcerias estratégicas e uma abordagem educativa, pode impulsionar a inclusão financeira e contribuir para o crescimento económico de Angola. As marcas que souberem aproveitar essa oportunidade têm grandes chances de se destacar no mercado e oferecer benefícios significativos tanto para os clientes quanto para o próprio sector financeiro no país.

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