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O Que As Marcas Precisam Saber Sobre A Geração Z

Numa recente publicação conjunta da Oliver Wyman, uma empresa global de consultoria de gestão, e da The News Movement, uma organização independente de media, foi apresentado o estudo What Business Needs To Know About The Generation Changing Everything (O que as empresas precisam de saber sobre a geração que está a mudar tudo).

Este estudo, que teve a duração de dois anos e envolveu grupos focais e uma pesquisa com 10.000 adultos nos Estados Unidos e no Reino Unido, desvenda o perfil da Geração Z e como os líderes empresariais se estão (ou não) a adaptar à disrupção que esta geração está a causar.

Quem é a Geração Z?

Segundo este relatório, a Geração Z, composta por indivíduos que desafiam rótulos e definições, apresenta-se como espiritual, porém não necessariamente religiosa, realista e optimista. Esta geração acolhe a fluidez de género e vê as “situationships” (relações sem definições claras) como uma alternativa prática aos relacionamentos convencionais.

Os Gen Z possuem capacidades tecnológicas avançadas, mas habilidades sociais menos desenvolvidas, com desafios para identificar desinformação e medo de cometer erros. A Geração Z é diversa, educada, digitalmente apta, independente, colaborativa, activista e tem uma aceitação inabalável dos outros.

Em termos de consumo, são descritos como consumidores digitalmente experientes e cépticos, que são difíceis de se conectar online, mas que têm um mundo de informações ao alcance dos dedos. São comparadores de preços ávidos, preferem marcas que ofereçam escolha, hiperpersonalização e um senso de comunidade. São menos leais às marcas do que outras gerações, mas serão defensores ávidos daquelas que exibem autenticidade e conexão genuína.

A Importância da Geração Z para as Empresas

De acordo com a distribuição global da população apresentada no estudo, a Geração Z representa 23%, sendo, portanto, uma parte substancial da sociedade e do mercado de consumo.

O relatório aponta que as empresas precisam envolver a Geração Z não apenas como clientes e funcionários, mas também como partes interessadas em questões sociais, ambientais, políticas e económicas que afectam a humanidade. As empresas precisam compreender as mudanças em andamento e decidir em que questões devem desempenhar um papel, caso contrário, correm o risco de perder a próxima geração.

São apresentadas cinco abordagens pelos autores para que as empresas interajam com a Geração Z e obtenham vantagens a partir dessa relação:

  1. Oferecer mais oportunidades relacionadas ao impacto social.
  2. Ser autêntico e transparente em relação às questões sociais.
  3. Oferecer produtos e serviços personalizados.
  4. Ser responsável e sustentável.
  5. Ser inclusivo e diverso.

Desafios Futuros

O estudo ressalta também que a Geração Z enfrentará desafios significativos nos próximos anos, incluindo incerteza económica, desigualdade social, mudança climática, polarização política e questões de saúde mental. São propostas soluções para estes desafios, que envolvem uma abordagem colaborativa e de longo prazo que englobe governos, empresas, organizações sem fins lucrativos e indivíduos.

O relatório sublinha, portanto, que a Geração Z, enquanto primeira geração verdadeiramente global e diversa, altamente conectada e digitalmente nativa, que valoriza a autenticidade e a responsabilidade social, está a desafiar as empresas a adaptarem-se e a envolverem-se mais activamente em questões sociais, ambientais, políticas e económicas. As empresas que não conseguirem fazer essa adaptação, correm o risco de perder a ligação com esta importante geração de consumidores.

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