Em Janeiro deste ano, a Brand Finance avaliou a marca Twitter em cerca de 3,9 mil milhões de dólares, o que na altura já significava uma queda de mais de 30% em relação à avaliação do ano anterior, que era de 5,7 mil milhões de dólares.
Provavelmente, o estilo de gestão assertivo de Elon Musk, a redução de pessoal e a diminuição das receitas publicitárias poderão ter provocado flutuações adicionais ao valor da marca, durante os primeiros meses de 2023.
No entanto, a recente aposta do dono do X, nova designação da plataforma, tem levado os especialistas a questionar as potencias consequências negativas e custos significativos do abandono, de forma “abrupta”, de uma marca globalmente estabelecida, avaliada em muitos milhares de dólares, a favor de algo novo e disruptivo.
“Quanto custará à empresa renunciar a esta marca de vários milhares de milhões de dólares, e como o Twitter/X irá lidar com esta mudança do ponto de vista do valor da marca?”
O valor da marca é um activo intangível valioso que, se mal gerido, pode afectar negativamente funcionários, utilizadores e stakeholders. Navegar nesta mudança do ponto de vista do valor da marca exige uma acção defensiva, demonstrando claramente que serão preservados os pontos fortes que tornaram o Twitter conhecido e admirado.
Outros casos de rebranding bem-sucedidos, como o da transformação do Facebook em Meta, mostram que uma abordagem gradual e estratégica é essencial para garantir a aceitação dos utilizadores e a continuidade do valor da marca.
A decisão de Elon Musk de abandonar a marca Twitter é ousada, mas também arriscada. A gestão cuidadosa desta transicção é fundamental para garantir o sucesso da mudança e abrir potencialmente novas oportunidades para a empresa e para os seus utilizadores.
