MEDIA

O Renascer Da Confiança Nos Media Tradicionais

Media tradicionais ganham terreno em detrimento das redes sociais e media proprietária

O aumento na confiança nos media tradicionais sinaliza um regresso do público às fontes de notícias estabelecidas, uma mudança significativa no panorama da comunicação e informação global. A tendência é revelada no “Barómetro Global de Confiança de 2024” da Edelman, que indica que os media tradicionais detêm, actualmente, um nível de confiança de 62 em 100, o que representa um aumento de 5 pontos em relação ao ano anterior.

O relatório, baseado em dados de 28 países e mais de 32.000 respondentes, oferece insights sobre a dinâmica da confiança nas ONGs, empresas, governos e meios de comunicação.

Enquanto os media tradicionais ganham terreno, os media proprietários, como canais de notícias corporativos ou plataformas de media de empresas, e as redes sociais continuam a batalhar por uma maior confiança do público. Com pontuações de 49 e 41, respectivamente, estas plataformas enfrentam um cenário de ceticismo, embora tenham registrado ligeiras melhorias nos últimos anos.

Um ponto de preocupação expresso no relatório é a percepção da competência dos meios de comunicação, particularmente no que toca à sua capacidade de gerir notícias de forma ética e eficaz. Esta percepção de competência reduzida destaca a necessidade imperativa dos media fortalecerem a confiança através de práticas como a escuta activa das preocupações do público, uma comunicação equilibrada dos aspectos positivos e negativos das notícias, e a realização de um jornalismo investigativo profundo.

A nível global, o relatório mostra que o sector empresarial é visto como a instituição mais confiável, seguido por ONGs, governo e media. Existe uma diferença marcante na confiança entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, com estes últimos a mostrar um nível de confiança geral mais elevado nas instituições.

O relatório realça a importância da confiança nas instituições, especialmente nos meios de comunicação. Revela uma inclinação crescente para fontes de media tradicionais, enquanto a confiança nas redes sociais e media proprietária, apesar de estar a melhorar, ainda se mantém comparativamente baixa.

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