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Influenciadores Digitais Falham Em Identificar Publicidade

Os dados são de um estudo realizado em mais de 20 estados da União Europeia

Na Europa, quatro em cada cinco influenciadores digitais não cumprem a obrigação de identificar claramente o conteúdo comercial que publicam nas redes sociais como publicidade, conforme exigido pela legislação da União Europeia. Este é o resultado de um estudo divulgado pela Comissão Europeia.

A análise abrangeu 576 influenciadores, revelando que quase todos eles (97%) publicaram conteúdo comercial, mas apenas 20% indicaram sistematicamente que se tratava de publicidade. “As práticas de marketing problemáticas destacam a importância de uma legislação moderna e robusta que seja adequada para garantir a justiça digital para os consumidores online”, afirmou a Comissão Europeia.

A investigação, conduzida em colaboração com as autoridades nacionais de protecção ao consumidor de 22 Estados-Membros da UE, bem como da Noruega e da Islândia, analisou publicações em plataformas como Instagram, TikTok, YouTube, Facebook, X (anteriormente Twitter), Snapchat e Twitch. O objectivo era verificar o cumprimento da legislação europeia por parte dos influenciadores.

Embora os nomes dos influenciadores não tenham sido divulgados, 358 deles foram selecionados para investigações adicionais. As autoridades nacionais entrarão em contacto com esses influenciadores para exigir o cumprimento das regras em vigor, podendo ser tomadas medidas de execução adicionais, se necessário.

As publicações analisadas abrangiam principalmente temas como moda, estilo de vida, beleza, alimentação, viagens e fitness. O estudo também identificou que 119 influenciadores promoviam actividades insalubres ou perigosas, como consumo de junk food, bebidas alcoólicas, tratamentos médicos ou estéticos, jogos de azar ou serviços financeiros, como a negociação de criptomoedas.

Os resultados desta pesquisa contribuirão para a avaliação da justiça digital na legislação europeia sobre proteção ao consumidor, iniciada na primavera de 2022 pela Comissão Europeia. Esta avaliação verificará se a legislação da UE aplicável é suficiente para garantir um elevado nível de proteção ao consumidor.

Fonte: Reuters

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Redacção: marcas@marcasemaccao.com

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