OPINIÃO

No Final, Temos Todos Uma Marca A Defender…Ou Não?

Por Danilo Castro

Uma das temáticas mais sonantes desta década será a das marcas pessoais. Nos últimos séculos, sobretudo depois da Revolução Industrial, deparámo-nos com o fenómeno do aparecimento das marcas, as quais sempre estiveram associadas a empresas de vários sectores.

Já na última parte do século XIX, começámos a ver o aparecimento das marcas pessoais a ser tratado com muito mais atenção do que antes, e no final do século XX, impulsionado por autores como Tom Peters, que em Fast Company em 1997, que abordou a importância da marca pessoal no artigo The Brand Called You. Não que antes elas não existissem, mas passou a ser tema de estudo e de desenvolvimento por diversos autores, incluindo Jeff Bezos, sim, o mesmo Jeff Bezos da Amazon, que enfatiza a importância de construir e manter uma marca pessoal forte, e Daniel Kahneman, cuja pesquisa sobre tomada de decisão e economia comportamental contribui para o entendimento de como as marcas pessoais afetam a percepção e o comportamento das pessoas.

Ao longo da história da humanidade, sempre tivemos indivíduos com nomenclaturas sonantes em diversas áreas, porém nunca os classificámos como marcas. Exemplos notáveis incluem Leonardo da Vinci nas artes e ciências, Cleópatra na política e liderança, Shakespeare na literatura, e Beethoven na música, cujas marcas pessoais transcendem o tempo devido às suas contribuições únicas e ao impacto duradouro nas suas respectivas áreas. Hoje, olhando para trás, percebemos sim que estas pessoas tiveram características que fizeram com que o seu nome perdurasse por tantos séculos ou mesmo décadas.

 Desde a maneira como se comunicavam, os feitos que tiveram e as estratégias que usaram para impor o seu nome na história, todas estas fizeram com que essas marcas perdurassem até hoje.

Com o aparecimento das redes sociais e com o desenvolvimento do mundo laboral, hoje este é um tema de estudo e análise que não pode ser ignorado. Todos nós somos marcas e todos nós devemos cuidar delas, sob pena de ficarmos limitados ao que é a imagem e pensarmos de forma ingénua e sem estratégia ou preparação, comprometendo os nossos anseios futuros.

Se está a ler isto, saiba que tem uma marca a preservar e a trabalhar, e ficam aqui algumas das coisas que poderá fazer para valorizar a sua.

Após este pequeno repto sobre marcas pessoais, espero que consiga olhar para a sua de outra maneira e cada vez mais aumentar a sua autoridade perante aqueles que deseja, seja na vida pessoal ou na vida profissional. Entenda-se por autoridade o conjunto de características que o fará ser mais respeitado, seja em que panorama for, através das suas capacidades únicas.

Em resumo, desenvolver uma marca pessoal forte envolve autenticidade, especialização, comunicação eficaz, uma rede de contatos sólida e capacidade de adaptação e crescimento contínuo.

Danilo Castro é um empreendedor, autor e influenciador digital, apaixonado por projectos inclusivos e de desenvolvimento juvenil. Começou a trajectória profissional aos 21 anos com a visão de impactar e inspirar jovens. Versátil em comunicação digital, tem experiência em rádio, TV e internet, tendo entrevistado artistas e políticos para disseminar ideias. Formado em Direito com foco em negócios e com pós-graduação em Negócios e Marketing, além de formação em Liderança de Marcas, combina formação académica e experiência diversificada. Fluente em português e inglês, destaca-se pela capacidade de interagir com diversas culturas, impulsionado por uma paixão pela mente humana e história. Com mais de 3.000 horas de conversas com jovens e personalidades, Danilo oferece uma perspectiva única em temas como psicologia, política, economia, sociologia e cultura africana. Co-fundador da plataforma @hanormais, actualmente gere uma empresa focada no sector B2B, mantendo o objectivo de inspirar jovens, com a filosofia de que o esforço supera o talento.

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